domingo, 19 de julho de 2015

St Louis x Chicago x Salvador

Hoje o tema é transporte público e vias de tráfego. St Louis é uma cidade onde quase todos têm carro, porém não engarrafa por conta das estratégicas highways. Já em Chicago, é melhor nem ter carro porque estacionar é caro e há muito congestionamento, mas o sista público te dá diversas opções. Em Salvador, o caos é no sistema público e no engarrafamento. O que poderia ser feito pela capital do meu estado pra melhorar a qualidade de ir e vir dos meus conterrâneos?

De cara, preciso dizer que não sou bajuladora dos ditos países de primeiro mundo, mas gosto de ver nas diferentes realidades as idéias - e principalmente ações - que deram certo. Aqui em Chicago, é difícil até de acreditar, mas a cidade desviou o curso de um rio, construiu uma cidade em TRÊS níveis pra escoar os carros e ônibus por elas, a maioria das pessoas se movimenta caminhando pelas ruas, como na Europa, e é uma cidade linda (sério, eu não esperava por tanto). O sistema de transporte público inclui metrô (subterrâneo e na superfície) e ônibus. Adicionalmente, há balsas, táxi, uber e bicicletas compartilhadas.

Em St Louis, composta por várias cidadezinhas metropolitanas, o sistema público é integrado, você pode rodar por quase três horas com o mesmo bilhete (se você escolher a opção "transfer"), seja de metrô ou ônibus, e eles são pontuais. O problema é que os ônibus não passam com muita frequência, o que nos leva a demorar quase duas horas num caminho que de carro seria 20 minutos. Você deve estar pensando: como isso é possível? Bom, é meio louco de pensar, mas existem autopistas por todos os lados, umas por cima das outras, cortando parques etc. Num geral, dentro de um carro numa highway dessas, você quase não vê a cidade, devido aos muros. Não há sequer passarelas de travessia de pedestres, porque nem há passeio na highway e é proibido estar ali a pé ou em bicicleta. São pistas de escoamento que estão por toda a cidade, transformando roteiros distantes em vias expressas super eficientes. Não é tão bonito, mas economiza tempo e é eficiente. Gostaria que houvesse isso em ssa, mas aí esbarramos no primeiro impeditivo: em Salvador não há espaço para coisas desse tipo. Talvez para escoar a cidade, fossem necessárias medidas drásticas de derrubar edifícios para construir rotas. ..será? Bom, ainda tenho que pesquisar mais pra entender melhor.

domingo, 14 de junho de 2015

Como o glamour nos EUA não é tão frequente.

Em cada lugar, descubro coisas boas que gostaria que também existissem no Brasil. Hoje, 3 garotinhos da vizinhança, na faixa de dez anos de idade, bateram na porta para oferecer seus "serviços", e fecharam um acordo que lhes renderá 50 dólares ao longo de quatro semanas. Agora me pergunte qual foi o acordo? Os três vão recolher os cocôs que a cachorrinha faz no quintal. E depois que fecharam o acordo, não deu nem dois minutos e eles já vieram de lá com as sacolinhas na mão! Hahahah

Minha irmã me explicou que nas férias as crianças daqui querem fazer alguns trabalhos e juntar dinheiro, o que achei massa. Mas achei melhor ainda o desprendimento, a falta de frescura.

Os Estados Unidos têm me surpreendido muito nesse sentido. Seu emprego não precisa ser glamouroso, seu carro não precisa ser trocado todos os anos, você não precisa gastar fortunas pra ter roupas e acessórios de qualidade. E as crianças não são tão exageradamente protegidas. Ao menos é o que tenho visto. Abraço!

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Carimañola - um sabor que o mundo precisa conhecer.

Vão achar que sou gulosa pelo tanto que comento sobre o paladar colombiano, maaaas eu atesto que qualquer semelhança é mera coincidência. :D

Gente, a carimañola tem o formato de um bolinho de estudante, mas é feita com aipim/macaxeira/mandioca e pode ser recheada com carne ou queijo. Assim já está dez, né? Mas calma, que vai ficar ainda melhor! Eles têm três molhos pra você usar ao gosto: apimentado, guacamole ou o meu favorito: patê de cebola. Vou gravar um vídeo pra você conhecer.

Para os brasileiros que moram aqui e sentem saudade do escondidinho (porque fazer aqui é difícil, já que é raridade ter forno em casa), essa é uma solução deliciosa e barata: cada carimañola custa apenas 1,500 pesos colombianos (+ ou - R$2,30). E ainda digo onde, rs: na área do Bantú, próximo à passarela de saída da Universidad de Antioquia.

Essa semana posto o vídeo :)

Arepa pra que te quero!

Impossível passar sequer um dia na Colômbia e não conhecer as áreas. Prato típico do país, à base do milho, ela faz parte do dia a dia deles, seja de manhã, de tarde ou de noite.

O que é de se admirar é a variedade de preparação da arepa: em Medellín, vemos principalmente as assadas e fritas, e nas ruas arepas com ovos, com queijo ou ainda as de chócolo. Já em Santa Marta, litoral, as arepas são cozidas e recheadas com diversos complementos, tais como molhos, frango e vegetais. Há ainda quem faça arepas com farinhas que parecem integrais e se comem puras; ou locais onde o pó do milho branco é misturado com água e queijo ralado, frito, e por cima se coloca o molho que se queira :)

Em breve trago fotos pra ilustrar todos estes casos :) (sutil queixa ao blogspot por ser complicado anexar fotos nos posta feitos pelo celular)

sábado, 9 de maio de 2015

Seriados colombianos

No Brasil, quem não é cinéfilo, nem cult, quase sempre só conhece seriado americano, uns poucos brasileiros e quiçá o britânico Skins pra quem tá no curso de inglês, rs.
Então  vou apresentar pra você dois seriados colombianos que eu adorei! Um é de comédia e outro meio romance policial. Conheci ambos pelo netflix, meu vício, droga totalmente legal :)
O primeiro é Los Caballeros las prefieren Brutas: este eu já assistia no Brasil antes mesmo de descobrir que era de Bogotá.
Os capítulos são do tipo independente, e narram a história de Cris, uma arquiteta bem sucedida que tem dificuldade em ser feliz no amor porque, segundo a novelista, os homens preferem as mulheres burras. É engraçado e acaba sendo uma crítica divertida, ao mesmo tempo uma espécie de auto ajuda a você, mulher inteligente, que quer entender porque o lado emocional não está andando.
A segunda é La Prepago (que aqui não tem nada a ver com celular e sim com...bem, programa). Tive que vencer o preconceito pra começar a ver, e só comecei porque vi que o autor era Jorge Franco, um autor daqui de Medellín, a cidade onde eu moro, que ano passado ganhou um prêmio pelo livro El mundo de Afuera, muito bem escrito.
Bom, esse seriado conta a história de Ana Lu, uma bolsista de Jornalismo super inteligente e dedicada que, para salvar a família de ser despejada de casa por dívidas e desemprego, aceita ter uma vida dupla: de dia Ana Lu, de noite Andrea. O seriado começa com um programa dela com um senador que infarta e morre na frente dela. E então a trama vira todo um jogo criminal em que políticos se mostram cada vez mais culpados pela morte do senador Valêncio Guerra.
Essa série é das de continuidade e o mistério sobre a morte do senador anda lado a lado com a história complicada de Ana Lu, que ainda por cima tem  namorado super fofo, o Davi (que não sabe de nada).
O melhor de ambos é poder ouvir o espanhol colombiano, suas gírias próprias e a rotina local. Mas nem se preocupe que vem com legenda pro português na Netflix.
*O Netflix funciona por endereços de IP, então não sei dizer se La Prepago também está disponível no Brasil.

Colômbia entrou pro roteiro!

Há 1 ano, quando pisei na Colômbia pela primeira vez, quis voltar a escrever pro blog, porque definitivamente Não Estava No Roteiro vir parar aqui. Mas quem já leu qualquer coisa aqui na minha página já notou que fugir do script pode ser a melhor coisa a ter acontecido.

Talvez então seja a hora de mostrar para vocês um pouco dos passos que dei por aqui. Ah,sim, faltou apresentar para vocês o Edu, meu namorado e parceiro, que veio adicionar criatividade e atitude no meu mundo.

Tierra Querida

Espero que gostem, já já eu volto com mais!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

O dia em que o Brasil perdeu a Copa e eu andei camuflada pelas ruas de Medelín;

O primeiro gol deu uma abalada. O segundo, com o côro de gente no bar Irlandês em Medellín, foi um tapa na cara. No terceiro o mundo ao meu redor tinha entrado no "mute", no quarto eu entrei em estado de choque. No quinto eu chamei a garçonete vestida de saia escocesa de menino, cancelei o pedido do primeiro Irish coffe que eu ia tomar NA VIDA e fui embora com Dê. No sexto, eu já estava nos degraus do Parque Lleras vendo o jogo camuflada ao lado dos estrangeiros porque assim ninguém me encheria o saco pois não saberia de onde sou. Mas no sétimo gol, ah, nesse eu chorei feito criança boba que chora por qualquer coisinha boba, tipo arrancar o dente de leite, bater o dedo mindinho na quina do sofá, brigar com a melhor amiga, quebrar o copo do Batman, não conseguir pular o elástico no "pescocinho" e levar bronca da mãe, tudo no mesmo dia. 

O alemão do lado não eE da