terça-feira, 28 de junho de 2011

Estou com Banzo.

Os negros escravos sofriam dessa doença, o Banzo, que, resumidamente, significa tristeza profunda por saudade da terra de origem.( Leia mais aqui).
Se minha negritude brasileira me permite, sinto saudade da minha terra, que não é a África, mas sim um pedacinho de chão bem ao Sul da Bahia. Uma cidade que surgiu onde antes havia apenas uma estrada. É a terra de Jorge Amado, do cacau, das Marias, dos Antônios.
Uma cidade cujos arredores são repletos de cacaueiros, hortas, árvores copudas, rios, corredeiras, mata fechada, Mata Atlântica.

(Recomendo ler ouvindo esta canção. A garota não é minha conterrânea, mas foi o que eu estava ouvindo quando escrevi isto aqui)

...e que nessa época do ano se enche de um friozinho gostoso nas madrugadas...
e lembra a mãe dizendo para calçar a sandália, que o chão tá frio;
lembra da equipe de gincana (TATU no coração) fazendo dois virotes seguidos pra ganhar todos os anos, até enjoar;
lembra a batida forte no coração que parece chamar para o São João no interior...

...lembra casa. Casa. Minha casa, onde sempre foi. Meu lar.

E daí dá saudade.
Daquelas apertadas.

Um comentário:

  1. eu adorei teu blog, posts realmente lindos...
    e essa saudade da terra de origem, acho que todo mundo tem... beijoss

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