quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Propagandas que fazem chorar

Já viram o comercial do carro que usa energia elétrica no lugar de combustível? Vejam antes de ler, então:






Palavra mesmo só ao dizer o diferencial/nome do carro, e as frases de efeito "Inovação para o planeta, inovação para todos" (Innovation for the planet, innovation for all).


A pergunta é: por que o comercial emociona? Bom, eu posso dar duas sugestões: a primeira é que é um 

Pistas e recompensas

Há menos de um ano, tive aula de TV e Cinema com tio Cris (Professor Cristiano Leal). um dos temas a analisar era "Pistas e Recompensas", que são os detalhes que o autor/diretor implantam para ir plantando a dúvida e solucioná-la no final. Lógico que isso não é exclusivo do audiovisual - livros são frequentemente mais detalhados, nesse aspecto...ou ao menos na literatura de mistério.

então, dias atrás comecei a ler Harry Potter do início. Todos os livros. Faltam apenas 14 dias para a pré-estreia e decidi recordar os detalhes que minha memória não permitiu por si só. Joanne Rowling é fantástica, não há dúvida sobre isso. Relendo

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ficando velha...e ficando feliz ;)

Não sei se você já leu sobre isto, mas eu sigo uma ideia que tive no ano passado sobre a idade, o envelhecimento etc. (Quer entender?)

Bom, amanhã eu faço 22 anos. Quer dizer, eu COMPLETO 22 anos. Um ano não surge assim, do nada, no nosso currículo: a gente envelhece todos os dias.  Na maioria das vezes, a gente pensa que a gente É de um jeito por um determinado tempo, e depois muda. Nã-não. Acho que os americanos acertaram com o verbo 'to be' - quer dizer, talvez a vida toda a gente só esteja, nunca seja


Ideologias à parte, vim aqui fazer um retrospecto de algumas das coisas que fiz no último ano. Preparado?


Respira: fotografei caranguejo, virei quase metade das noites fazendo trabalhos, toquei, cantei, quebrei a cara, sorri, gritei, pulei. Mas isso todo mundo faz.


Quer dizer, tira a parte do caranguejo.


Bom, digamos que...perdi a vergonha de cantar. Gravei vídeos a torto e a direito,errando a letra...






...errando os acordes...




...e esquecendo o que mesmo eu ia fazer.






Desisti da música, também.


Claro, isso só durou duas semanas. Pri apareceu e eu desisti de desistir do que mais gosto.


Aí pegaram no meu fraco e eu entrei pro projeto da Coutto e Orchestra de Cabeça, uma banda instrumental que me enche os olhos de felicidade.



Se pensa que meu ano foi só de música, está enganado. Teve  muito estudo.
Fiz um trabalho imenso no sétimo período com o grupo mais lindo da cidade: Tainá, Milena, Max, Pk e eu. Não poderia faltar a referência à música Oração, que, mesmo repetitiva, é contagiante.



Nem poderia me esquecer da menina "sofrendo, eu tô sofrendo":




Mas isso rolou no mundo.


Na minha vida, foi muito livro pra ler, muita página para escrever, dois estágios para aprender.


E, no segundo semestre, fiz a monografia mais fofa que existe. E, tirando um dez nela, não podia deixar barato, né? Que tal infringir um pouco as regras? 


No dia da entrega final, saltei o muro e pulei com Max na piscina olímpica da universidade. Max quase se afogou, então, é, faz sentido ser proibido.


Com 21 anos, acima de tudo, eu fiquei realizada por poder fazer todas as looucuras necessárias para estar com minha família em momentos muito importantes: os 60 anos de minha mãezinha em alto estilo, os 15 anos do meu xodó de prima, os 11 da outra priminha querida e 2 aninhos da minha sobrinha, apesar de me atrasar um dia porque fiz um show em Conquista e o melhor Natal de todos, seguido de um reveillón iluminado na praia, com boa parte dos meus primos.


Antes, eu achava que família era tudo igual. Não é não. A minha tem vícios e virtudes, como todas, mas a nossa essência é muito, mas muito, amor. E fé nos nossos. E cuidado. E carinho. E orgulho.


Então, amanhã completo meus 22 anos, e, pela primeira vez na vida, não estarei com ninguém da minha família aqui. Vai doer, certamente. Mas me alegra saber que todos os momentos que temos juntos são muito intensos, pra valer o tempo que não podemos ficar perto. 


Gostei muito dos meus 21 anos. Que os 22 sejam abençoados, também.


P.S.: Mãe, eu ainda vou ficar na expectativa de você me acordar às seis da manhã com Laya e Illa no telefone cantando parabéns, viu?













terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Uma rua, uma janela, muitas histórias coexistindo.

Era sempre a mesma rua, vista da janela do quarto da minha mãe. É certo que o tempo a fez diferente: antes havia ali o resto de uma fazenda, um casarão onde havia muitas corujas, e, no pátio, uma crição de patos; havia um espaço grande, um matagal, antes da baian do acarajé começar a levantar a construção; as árvores do terreno em frente eram curtas; não havia quebra-molas no fim da ladeira; o topo do morro, com a torre da energia, era estranho e vazio - agora, vizinho ao residencial de 20 andares que tomou conta da casa de Zildo (vivia lá só uma família...e hoje, quantas vidas cabem ali?), é bonito e movimentado; não havia, de frente pro quarto, a casa linda que Clara arquitetou; pela rua inclinada, descia minha mãe, descia Dan, descia Ju, já moça; pela ladeira correram litros de chuva: assisti-os escorrer ao lado de Dan, de Laya, de mim mesma.

21 anos se passaram e é a mesma janela. Por onde eu via minha vida, fazia meus planos, conversava com Deus...foi por essa janela que eu olhei pro céu quando, numa madrugada, acordei, sentindo que vovô ficaria distante por mais um tempo. Frente a esta janela eu pedia a Deus que Alan chegasse ileso em Ilhéus; mentalizei cada volta às aulas nos tempos de escola; pedi a Deus pelo incerto de me mandar pra Aracaju, e continuo, a cada volta para casa, olhando pela mesma janela. Sinto que ela esteve presente em cada meta, conquista, batalha, medo ou esperança. A sinto, até, como parte de mim.


Hoje, olhei pela janela e pedi que eu consiga voar. Que não cortem minhas asas.
Que eu sempre volto pra cá: meu cantinho, minha casa, meu lar, meu verdadeiro lugar.
Hoje, também, agradeci pelo presente de ontem. Pedi força, empenho, gás, vontade, brilho nos olhos para honrar a conquista. Pedi proteção e saúde para os meus amigos, e, sobretudo, para a minha família.





[Escrevi este texto dois dias antes de acabar 2011. Comecei 2012 me sentindo muito bem.]