sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Right now, I just want to unpack some necessities.
Only to free my mind to expand.
I 3wanted tyo improve my English and run for this problems, this tension.
So, I'm here. only trying to unpack =p


i don't need this now. i'm done kkkkk
Hoje e amanhã serão dois dias totalmente diferentes. Totalmente opostos.

Hoje um ciclo se fecha. Amanhã, um novo ciclo se inicia.
Tenho certeza de que amanhã eu estarei plenamente leve, cheia de esperança, garrra e vontade de fazer bonito, sem medo de ser feliz.
Mas hoje, me permito nostalgia, me permito saudade, me permito emoções. 

Hoje eu entrei pela última vez na Teaser como funcionária. E aí me lembrei de quando entrei aqui pela primeira vez, primeira segunda-feira do ano, sabendo que 

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Quando a gente percebe que não é um super herói

Eu já fiz milhares de coisas ao mesmo tempo. Desde criança até semana passaad. Percebi que não sou onipresente. Aceitei o que minha mãe já me advertiu há tempos: "Você não tem superpoderes, Lu. Você quer estar em tudo.""

O ruim é que nunca me desfiz das atividades porque sabia como me faziam bem, como eram irresistíveis. Mas aí, semana pasada, ficou claro pra mim que a banda está mesmo num momento-chave, mas minha vida publicitária também, então tive que escolher. E fiquei com a Redação. Deixei de lado todo o resto: o curta, o convite pra uma nova banda, o projeto ambiental, a Coutto Orchestra, que me ensinou muito nesses oito meses. Até o curso de desenho semanal eu só vou dar continuidade porque faltam duas aulas para acabar. Ficam apenas: o blog, a Jukebox e a publicidade.

Nunca estive tão livre. Nem tão leve. E descobri que também dá para respirar assim. E como! Menos preocupações em me deslocar de um canto para outro, mais cabeça fresca para trabalhar.

Vamos ver como me saio =)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Recado às namoradas chatas

Quando eu aprendi a tocar, as pessoas achavam que eu era dedicada. E não que eu estava com um plano infalível para roubar namorados alheios.


Aqui vai um recado para as namoradas problemáticas: eu não passaria 18 anos dos meus apenas 22 me empenhando para aprender piano só para chamar a atenção de qualquer pessoa. Seus namorados não valem tudo isso. 


Antes de saber o que era namorar, eu já era apaixonada por música. Com 3 anos, chorei ao ver minha irmã participando da apresentação da bandinha e eu não, porque não tinha a idade mínima para entrar.


Se hoje eu estiver numa praça e aparecer um cara com um violão, eu provavelmente vou me aproximar. Se for uma garota, dá no mesmo. Agora se a pessoa tocar MUITO BEM, aí que eu chego perto mesmo. Não é porque vou ficar babando pelos seus namorados. É porque eu vou querer aprender tudo o que for possível, tá entendendo?


Então, antes de acharem que têm o direito de me olhar torto, não responder um "boa noite"ou tomar outras atitudes mais grosseiras, aprendam a me respeitar e notem que, a não ser na música, eu não tô nem aí pros seus companheiros, ok? Como diz a história: não sou obrigada.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Prendendo o tempo numa fermata

O tempo é a coisa mais importante da vida. Ele deve ser a própria vida

Nosso existir se condensa numa sucessão de tempos presentes, um punhado de águas que nunca voltam. Nunca dá pra recuperar o tempo perdido. Uma vez passado, perfeito, imperfeito ou até mais-que-perfeito, é findo. Irreversível.

Na música, duas barras delimitam a morte da canção. Antes disso, barras solitárias separam os agrupamentos de tempo. Entre as barras, só cabe o tempo que foi determinado no compasso. Nada muda isso. Quer dizer...tem uma figura simples, uma curva e um ponto, que têm a capacidade de fazer uma nota durar mais tempo.

Segurar o tempo! Essa figura simples faz o que eu queria: escolher pequenos trechos para durarem um pouco mais. Quero esse poder na minha mão. 

Não dura para sempre, e nem quero. Outras canções devem soar. Mas, nem que seja na fantasia, no simbolismo, quero me lembrar de fazer o tempo parar.

Que venha então uma fermata, em tatuagem, para o dorso da minha mão.

Tempo, te entendo agora.

"Quero uma fermata que possa fazer, agora, o tempo me obedecer."

sexta-feira, 30 de março de 2012

A gente supera quando recorda sem mágoa.

Me perdoa, eu errei com você.


Você veio no tempo errado. Eu não era exatamente eu. E quanto tempo você consegue segurar uma outra personalidade dentro de você? 






Queria que você tivesse me conhecido como sou. Como sou na maioria das vezes, não como fui com você. Sabe Efeito Borboleta? Uma transformação de nada em uma atitude pode gerar uma verdadeira catástrofe de outro lado. Foi isso. Eu estava quieta.


Aprisionei minha energia de ver o sol nascer, pular até sentir a perna doer, chorar, rir, ler romances, assistir a bons filmes, correr um pouco de perigo. Segurar o sangue pulsando dentro de mim enquanto me envolvia com você fez a minha mente adoecer.


Negar os meus princípios, andar com pressa demais, passar os dias trocando mensagens o tempo todo. Me viciei no seu carinho. Te viciei no meu, também. 


E hoje consigo ver tudo de uma janela, distante. Cicatrizou. Mudou. Não dói lembrar, e é assim que sei que passou. Então também quer dizer que voltei a ser quem sou. Racional com o emocional. Passou, nunca é triste. Tem a beleza ainda do que foi verdade. Só não machuca mais.


Readaptação é mesmo uma coisa muito mágica. A gente se redescobre, vive. É paz. Novo jeito de olhar a vida. Serenidade. Estou vivendo o momento certo. E você veio no errado. Por isso fui pouco para você.


Se você viesse no tempo certo, você que seria pouco para mim.





quinta-feira, 29 de março de 2012

Hoje resolvi ser diferente.

Não, menti pra vocês. Eu não resolvi ser. Eu tive que.


Sou adepta das coisas simples. Quem lê o Não Estava No Roteiro, sabe. Tudo bem que a minha profissão é basicamente escolher as melhores palavras, mas nada se compara a um bom conteúdo. Dá para ser extremamente sedutor, mesmo falando errado.


Também dá para fazer uma música linda, sem entender de mais nada além da canção. Gosto assim. Os grandes que me perdoem, mas beleza é beleza, e ponto. 


É, é assim que eu penso. Não é assim que funciona. É um clichê chato e um trocadilho infame, mas vida de adulto não é brincadeira.( Ainda assim, é fascinante, basta ter um bom ponto de vista.) A gente meio que dança conforme a música, e pra nadar contra a corrente, parece que a gente primeiro tem que ter a vitória nas costas. Vou ter que remar um pouco em conjunto. Vou ter que estudar mais, buscar mais. Vou, vou sim. Porque desistir nunca foi uma palavra muito aceita no meu dicionário. 


Se o caso é me esforçar mais, tudo bem. Aprendi no Kung Fu a ter disciplina. ;)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Poesia se paga com poesia

[Texto que escrevi em resposta a este...;)]


"Espera. Aguarda que o meu silêncio há de cessar. Você gosta de textos com pontos, não é? Ritmados, pausados. As pausas me agradam, também. A mão não consegue acompanhar a velocidade dos nossos pensamentos, que, como luz, chegam e se vão, num piscar. É preciso algo de desordem. Algo que me permita inserir, onde não parece se encaixar, o vento que está invadindo o meu quarto; a chuva que lembra o comentário sobre o beijo na TV do Amarelinho; o sussurro ao pé do ouvido, como se a gente precisasse de protocolo pra se aproximar.



Sorriu. Bebeu. Cansou, Desconversou. Leu. Escreveu. Dormiu...e abriu os olhos no escuro para me ver no balcão, a destilar minhas concepções - ou o meu mandato - numa folha de papel. Numa folha rasgada de papel.
O sono chegando, a noite indo embora, o silêncio tomando o seu lugar na casa, mas não conosco, porque as almas precisavam de resposta. A minha alma precisava entender, contestar, abrir o jogo. Falar a verdade.


[...]


Tem som de caixinha de música. Tem som de décadas atrás, de terminais de trem e de olhos. Não deve fazer sentido. É da música que escuto exatamente agora. Não tem valor. Ou tem? Talvez o maior que possa existir: os detalhes da cena em que me encontro agora, pensando em você, escrevendo pra você, num rascunho nas páginas do meu novo diário. Num papel em que ficará escrito para sempre, guardado bem seguro ao lado de todas as folhas do meu passado, de quem sou e de quem fui. Significa. Significa muito.



Não há tardes como esta, com silêncio e som? Com chuva batendo na janela, com notas martelando no piano, na canção? Chão branco, livros espalhados, cansaço. E uma fixação: a resposta. Fica?
Poucas pessoas recebem convites tão delicados e encantadores como o que você me fez. Porque você é raro. Envolvente. Destemido. E observador. no instante que cala, fotografa. E fez o texto mais lindo que eu poderia receber agora. Não porque fossem frases perfeitas. Ou bonitas. Mas pelo significado. Das caretas que fiz pras suas fotos achando que você não estava me olhando. Da chuva. Do mar. Do meu passado.



Mas...a verdade.Novamente. Ela é necessária. Eu não quero nada que não seja meu, nada que não deva ser meu. Nada que seja feito com um fim, com o propósito de agradar. Então, é a única coisa que, no momento, te peço.


Às vezes me perco nos seus devaneios, nos teus códigos e mistérios. E me pego tentando calcular quantas vezes mais você pronunciou aqueles códigos - ou a quantos mais.
Peço-te verdade, e é o que te darei também. Sem culpa e sem pressa. Sem sentimentos ou carinhos forçados, sem peso na consciência. Com respeito. Com calma. Ou com raiva, mas sempre verdadeiro.



Sem cobranças. Sem inventar, sem recriar, sem mentir.
E sem comparações. Carinho, sem receber nada que não seja meu, sem te dar nada que não seja seu.
Apenas sem o pé atrás, sem o medo de dar errado. Ou com o medo, mas, ainda assim, seguindo em frente.
De uma coisa que, pra mim, não é pele, não é ofegar, não é o toque. Mas é o riso, a lágrima, o coração batendo forte, papéis, canetas e o fundo da alma.


Eu desejo as mãos dadas, o bilhete ao lado da cama e o café-da-manhã. E como desejo o café-da-manhã! O raiar do dia com vento, fumaça do fogão, aromas, leite, olhos cansados, sorrisos, dois. Abraços, carinhos, um novo dia. Mais um começo, o apoio, o companheirismo, a fé no que há de vir. Sem ausência, sem sentir falta. Com a certeza de querer estar exatamente ali.



Não como dois corações remendados, que foram machucados e se compreendem, mas como dois corações que se queiram. Isso tudo pode não ser nosso, por isso peço que não haja promessas.
Que eu vou te falar o que sinto ou não, do que vejo, do que quiser falar. Com autenticidade, com sinceridade, com jeito de mulher ou loucura de menina, com carinho, com silêncio - ou com berros. Com presentes, passados e futuros. Com conversas, com música ou com gestos.
Com poesia."




sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Fica?


Me segurei por muito tempo para não dividir essa poesia com o mundo. Hoje, me escapou. Não é minha, recebi tempos atrás, numa quarta-feira antes do meio dia que ficou perdida no tempo.




Te liguei para pedir para você ficar. Fica? Fica por mensagem de texto, por e-mail, por um recado gravado, por um bilhete, por uma carta. Fica pelo telefonema não atendido, pela minha cara emburrada, pelas minhas manias bobas, exageradas, desesperadas. Fica pela dorzinha no meu estômago, pelas minhas mão trêmulas, pelo meu coração acelerado. Fica pelo meus olhos, pelo perfume no bolso da bolsa, pela imaginação. Fica pelas mordidas, pelo papo ao pé do ouvido, pela mania de te adiar, de não deixar você ir, te segurar. Fica aqui. Fica com seu sotaque, seus enigmas, suas segundas, terceiras e quartas intenções. Fica com sua loucura, com seu jeito de sorrir da minha seriedade, de dar risada na cara do meu bico. Fica sem saber que quer ficar, mas fica ainda assim. Fica com seu passado, seus outros caras, seu tempo livre, sua liberdade, seu sumiço. Fica com sua solidão, com sua praia, com seu mar.


Fica com seu cheiro doce, com sua pele macia, com seus cabelos loucos e desvairados. Fica com seus olhos transparentes, com seu meneio de cabeça, com sua língua de fora. Fica com seu desejo de mulher, com sua pegada, com seu jeito de não estar nem aí. Fica com sua gargalhada, com seus olhos enlouquecidos, com suas mordidas.


Fica e eu te escrevo o texto mais bonito, a poesia mas linda, a mensagem mais boba. Fica e eu te dou boa noite todo dia, com raiva, com paixão, com carinho, com mal gosto, mas todo dia. Fica e eu rezo pra você antes de dormir, peço pela sua felicidade, peço pelo seu sucesso, pelo seu encontro. Fica e eu te compro chocolate, bebo da sua água, como do seu pão. Fica e eu caminho ao seu lado, seguro sua mão, cego todos os outros homens. Fica e eu sinto ciúmes da sua beleza democrática, das suas coxas nuas, do seu decote. Fica e eu te aperto, te abraço, te levo comigo para onde não sei que estou indo. Fica e vai ter chuva. Fica e vai ter onda. Fica e vai ter cinema.
Fica e eu como maçã, goiaba e tomo café. Fica e eu te busco um casaco, uma sandália, um pouco de fé. Fica e eu vou para praia, bebo para dançar com você, corro para te segurar. Fica e eu escovo os dentes para falar com você no celular, faço a barba, corto o cabelo. Fica e eu fico também.


Fica que eu te ajudo a suportar, a esquecer, a caminhar. Fica e me escolhe, me destaca, me abraça. Fica e me traz outra vez as minhas verdades, os meus medos, os meus anseios, as minhas crenças. Fica e eu volto a acreditar, volto a sonhar, volto a permitir. Fica no banco do ônibus, na cadeira do açaí, no gosto da tapioca. Fica de mulher, de menina, de luz. Fica transvestida de motorista, de jornalista, de guia turística, de piloto, cozinheira, mas fica. Fica rápido!


Fica e não liga para o calor. Fica e desliga o relógio para esquecer. Fica sem roupa, sem protetor, sem sandália. Fica sem medo, sem preocupação, sem questionamento. Fica e eu te coloco na frente, deixo você sentar na janela, dou o lado da parede na cama. Fica sem avisar, sem contratos, sem expectativas ou previsões. Só fica. Fica e esquece o dinheiro, a conta, o saldo bancário. Fica que eu deixo, fica que eu quero. Fica urgentemente. Fica intensamente. 


Ligeiramente. Fica?

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Propagandas que fazem chorar

Já viram o comercial do carro que usa energia elétrica no lugar de combustível? Vejam antes de ler, então:






Palavra mesmo só ao dizer o diferencial/nome do carro, e as frases de efeito "Inovação para o planeta, inovação para todos" (Innovation for the planet, innovation for all).


A pergunta é: por que o comercial emociona? Bom, eu posso dar duas sugestões: a primeira é que é um 

Pistas e recompensas

Há menos de um ano, tive aula de TV e Cinema com tio Cris (Professor Cristiano Leal). um dos temas a analisar era "Pistas e Recompensas", que são os detalhes que o autor/diretor implantam para ir plantando a dúvida e solucioná-la no final. Lógico que isso não é exclusivo do audiovisual - livros são frequentemente mais detalhados, nesse aspecto...ou ao menos na literatura de mistério.

então, dias atrás comecei a ler Harry Potter do início. Todos os livros. Faltam apenas 14 dias para a pré-estreia e decidi recordar os detalhes que minha memória não permitiu por si só. Joanne Rowling é fantástica, não há dúvida sobre isso. Relendo

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ficando velha...e ficando feliz ;)

Não sei se você já leu sobre isto, mas eu sigo uma ideia que tive no ano passado sobre a idade, o envelhecimento etc. (Quer entender?)

Bom, amanhã eu faço 22 anos. Quer dizer, eu COMPLETO 22 anos. Um ano não surge assim, do nada, no nosso currículo: a gente envelhece todos os dias.  Na maioria das vezes, a gente pensa que a gente É de um jeito por um determinado tempo, e depois muda. Nã-não. Acho que os americanos acertaram com o verbo 'to be' - quer dizer, talvez a vida toda a gente só esteja, nunca seja


Ideologias à parte, vim aqui fazer um retrospecto de algumas das coisas que fiz no último ano. Preparado?


Respira: fotografei caranguejo, virei quase metade das noites fazendo trabalhos, toquei, cantei, quebrei a cara, sorri, gritei, pulei. Mas isso todo mundo faz.


Quer dizer, tira a parte do caranguejo.


Bom, digamos que...perdi a vergonha de cantar. Gravei vídeos a torto e a direito,errando a letra...






...errando os acordes...




...e esquecendo o que mesmo eu ia fazer.






Desisti da música, também.


Claro, isso só durou duas semanas. Pri apareceu e eu desisti de desistir do que mais gosto.


Aí pegaram no meu fraco e eu entrei pro projeto da Coutto e Orchestra de Cabeça, uma banda instrumental que me enche os olhos de felicidade.



Se pensa que meu ano foi só de música, está enganado. Teve  muito estudo.
Fiz um trabalho imenso no sétimo período com o grupo mais lindo da cidade: Tainá, Milena, Max, Pk e eu. Não poderia faltar a referência à música Oração, que, mesmo repetitiva, é contagiante.



Nem poderia me esquecer da menina "sofrendo, eu tô sofrendo":




Mas isso rolou no mundo.


Na minha vida, foi muito livro pra ler, muita página para escrever, dois estágios para aprender.


E, no segundo semestre, fiz a monografia mais fofa que existe. E, tirando um dez nela, não podia deixar barato, né? Que tal infringir um pouco as regras? 


No dia da entrega final, saltei o muro e pulei com Max na piscina olímpica da universidade. Max quase se afogou, então, é, faz sentido ser proibido.


Com 21 anos, acima de tudo, eu fiquei realizada por poder fazer todas as looucuras necessárias para estar com minha família em momentos muito importantes: os 60 anos de minha mãezinha em alto estilo, os 15 anos do meu xodó de prima, os 11 da outra priminha querida e 2 aninhos da minha sobrinha, apesar de me atrasar um dia porque fiz um show em Conquista e o melhor Natal de todos, seguido de um reveillón iluminado na praia, com boa parte dos meus primos.


Antes, eu achava que família era tudo igual. Não é não. A minha tem vícios e virtudes, como todas, mas a nossa essência é muito, mas muito, amor. E fé nos nossos. E cuidado. E carinho. E orgulho.


Então, amanhã completo meus 22 anos, e, pela primeira vez na vida, não estarei com ninguém da minha família aqui. Vai doer, certamente. Mas me alegra saber que todos os momentos que temos juntos são muito intensos, pra valer o tempo que não podemos ficar perto. 


Gostei muito dos meus 21 anos. Que os 22 sejam abençoados, também.


P.S.: Mãe, eu ainda vou ficar na expectativa de você me acordar às seis da manhã com Laya e Illa no telefone cantando parabéns, viu?













terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Uma rua, uma janela, muitas histórias coexistindo.

Era sempre a mesma rua, vista da janela do quarto da minha mãe. É certo que o tempo a fez diferente: antes havia ali o resto de uma fazenda, um casarão onde havia muitas corujas, e, no pátio, uma crição de patos; havia um espaço grande, um matagal, antes da baian do acarajé começar a levantar a construção; as árvores do terreno em frente eram curtas; não havia quebra-molas no fim da ladeira; o topo do morro, com a torre da energia, era estranho e vazio - agora, vizinho ao residencial de 20 andares que tomou conta da casa de Zildo (vivia lá só uma família...e hoje, quantas vidas cabem ali?), é bonito e movimentado; não havia, de frente pro quarto, a casa linda que Clara arquitetou; pela rua inclinada, descia minha mãe, descia Dan, descia Ju, já moça; pela ladeira correram litros de chuva: assisti-os escorrer ao lado de Dan, de Laya, de mim mesma.

21 anos se passaram e é a mesma janela. Por onde eu via minha vida, fazia meus planos, conversava com Deus...foi por essa janela que eu olhei pro céu quando, numa madrugada, acordei, sentindo que vovô ficaria distante por mais um tempo. Frente a esta janela eu pedia a Deus que Alan chegasse ileso em Ilhéus; mentalizei cada volta às aulas nos tempos de escola; pedi a Deus pelo incerto de me mandar pra Aracaju, e continuo, a cada volta para casa, olhando pela mesma janela. Sinto que ela esteve presente em cada meta, conquista, batalha, medo ou esperança. A sinto, até, como parte de mim.


Hoje, olhei pela janela e pedi que eu consiga voar. Que não cortem minhas asas.
Que eu sempre volto pra cá: meu cantinho, minha casa, meu lar, meu verdadeiro lugar.
Hoje, também, agradeci pelo presente de ontem. Pedi força, empenho, gás, vontade, brilho nos olhos para honrar a conquista. Pedi proteção e saúde para os meus amigos, e, sobretudo, para a minha família.





[Escrevi este texto dois dias antes de acabar 2011. Comecei 2012 me sentindo muito bem.]