terça-feira, 8 de março de 2011

Caminhar sem pra quê

Passava das dez da manhã, o hall do hotel já estava vazio. Minutos antes, meus familiares tinham ido dar uma volta na praia de Boa Viagem. Eu ia subir pro meu quarto, mas o sol lá fora estava muito convidativo, então eu simplesmente saí.

Caderno e lápis na mão, eu andava tentando descobrir o motivo, plena segunda-feira em feriado de carnaval, trânsito pesado e eu com pena das minhas pantufas no asfalto.

Praia de Boa Viagem. Foto: divulgação

O vento no rosto, a mente voando longe, tentando entender o que é essa coisa que empurra, que me leva a fazer coisas sem ter uma razão para tal, que simplesmente manda, e me faz refém. Talvez eu tenha saído para caminhar porque, afinal, eu posso. Não? Quando a gente é criança, quer fazer as coisas sozinho (a) e não pode. Por isso agora eu simplesmente faço. A rua está lá, meus pés também, então eu faço uso.

São coisas simples da vida que às vezes a gente despreza, só porque acha que não é NECESSÁRIO. Nem deve ser. É simplesmente um acréscimo, um acaso. E acasos são coisas muito interessantes. São como um raminho numa árvore, que não é mais importante que o tronco, mas pode dar num longo galho.

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