quarta-feira, 13 de abril de 2011

Adulto também muda a cabeça?


Eu sou uma adulta ainda em formação, mas vale.


Diaramente tento me adequar ao padrão de vida ecologicamente correto, mas confesso:  pra mim o mais difícil é economizar papel. Eu tenho fascínio pelas folhas em branco, limpinhas e com cheiro de gráfica. Cada uma tem um cheiro diferente e específico, e algumas me lembram o livro de ciência da 1ª série, que vinha com a música Amanhã, do Caetano Veloso, na contracapa.
Outras me fazem lembrar do livro complementar de matemática, que vinha com cédulas de mentirinha adicionais, o que na época era novidade.



As folhas têm um significado muito grande pra mim: a folha em branco significa o espaço vazio que pode ser preenchido com qualquer coisa, à minha escolha;
o cheiro lembra as associações a outras situações que foram impressas na minha memória;
as folhas preenchidas me lembram quanta coisa eu já vivi, e me revigora.

Sem contar que eu penso muito melhor quando está no papel, então, o que consigo fazer para ser politicamente correta é aproveitar os fundos dos panfletos que casualmente ficaram comigo.

Mas isso tudo é muito cabeça fechada. Eu posso, sim, me adequar e passar a escrever as coisas no computador, deixar tudo arquivado. Não vai ser tão bonitinho quanto no papel, porque eu faço uns designs até legais nas páginas do diário, mas com o tempo eu aprendo a mexer direito no illustrator e enfeito as páginas =) 



Essa coisa toda surgiu porque no trabalho do Mangue com a turma do sétimo período chegamos à conclusão de que campanha de conscientização é mais fácil trabalhar com criança, porque adulto não muda.

Mas será?  As pessoas não podem ser tão seguras do que pensam que não possam mudar...
ao menos isso não seria inteligente.

É um desafio, mas além de esperar o futuro nas nossas crianças, temos que travar alguma luta para o nosso presente. Nos dois sentidos: o momento é agora, e colheremos o que plantamos.

Adultos, ainda é tempo de repensar, refletir e reagir. De agir de novo, de agir de outra forma, de agir como resposta. É um convite.

Um comentário:

  1. Já eu, odeio papel, não consigo me organizar com eles. Sair do conforto e mudar é algo muito difícil mesmo.

    Muito legal seu blog! Você escreve maravilhosamente bem!

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