segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Em frente ao espelho.

Vou dedicar as postagens dessa semana ao romantismo. Abaixo, um texto que fiz em 16 de julho.



“Ela, quando prende o cabelo em coque, deixa ver os fios curtos na nuca, cobrindo a pele branca e fresca. O rosto, apenas com a franja curta tocando as sobrancelhas, fica mais arredondado e juvenil. O sorriso, quando se vê no espelho, empurra as bochechas e faz franzir os cantos dos olhos. Os cabelos, na lateral, fazem linhas suaves e brilhosas.

Seria mais perfeito se fosse um homem que escrevesse essas palavras – mas algo em seu íntimo lhe diz que isso jamais acontecerá. Que a beleza que ela mesma percebe é apenas vista pelos outros superficialmente, pois ninguém esteve atento aos detalhes. E todas as palavras que denunciam essa descrição não foram escritas ou pensadas por um homem. Elas sequer saíram das mãos de outra mulher.

Porque ela sou eu.”

2 comentários:

  1. Tem um conto do verissmo (acho) em que dois adolescentes se conhecem desde criança e são muito amigos. As duas familias se conheciam há tempos mas eles nunca demonstraram muito interesse um no outro, até que um dia, descendo uma ladeira, ela caminhava mais a frente, ela levantou os cabelos e deicou a mostra a nuca com poucos cabelinhos que se soltaram, ele foi e deu um beijo na nuca dela. Não resistiu.

    No dia seguinte estavam namorando.


    Lembrei disso =)

    bjo.

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  2. gosto quando a sutileza é esclarecida pelas mulheres, é difícil realmente os homens perceberem por si mesmos^^

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