quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Música e gritinhos.

 Tenho uma afinidade particular por musiquinhas gritadas, onde você sente que aquilo só poderia ser expresso mesmo daquela maneira, que faz você se sentir na história e entender. É o caso de Leave, de Glen Hansard, uma das músicas do filme Once-Apenas uma Vez. Ele diz à mulher para partir, e vai gritando perto do fim de uma maneira que você quase sente como se você fosse a mulher e ele estivesse te expulsando, de forma que torna real e espontânea a história, não acha? Eu choro.

Outra que gosto muito é “Quem vai dizer Tchau”, do Nando Reis. No refrão, ele vai abaixando a voz, cantando calminho, falando do amor. Aos poucos ele vai aumentando a intensidade, tudo a ver com a letra, que diz: “A gente não percebe o amor que se perde aos poucos sem virar carinho/Guardar lá dentro o amor não impede/ que ele empedre, mesmo crendo-se infinito” aí é quando ele alteia de vez a voz, como se realmente estivesse expulsando o amor, cantando e gritando “tornar o amor real é expulsá-lo de você pra que ele possa ser de alguém”. Poético.
O que dizer então de “porque que a gente é assim?”, de Cazuza, cantada por Barão Vermelho? Tanto o som te faz pensar em festa e bebedeira quanto a letra e a forma como o Frejat canta dá graça às frases “você tem exatamente três mil horas pra parar de me beijar”. Adoro. ;)


Por último, tem “Esse é o remédio”, de Planta e Raiz, musiquinha que fala de paz, e, lá pro fim, o Zeiden dá uns gritinhos, como que reafirmando que “ a humanidade precisa do amor, do amor, do amor, do amor” =). Linda, gosto muito.

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